Edson Pereira
Sábado
tranquilo em comunhão e sintonia com o vento que sopra no meu apartamento.
As lembranças chegam e trazem consigo um repertório sonoro que me faz lembrar às
quatro estações de Vivaldi, sintetizam momentos vividos.
Lembranças
boas carregadas de momentos alegres com toques, sons e sabores que deixam a
alma saturada de sentimentos bons e que proporciona prazer e leveza. Outras lembranças
são carregadas de momentos tristes, nebulosos, deprimentes, opressores,
traumáticos e que sufoca a alma.
Algumas outras são mais tênues, pois resultam de experiências calejadas pela rotina
do dia a dia. Elas são misturadas de todas as experiências que de tanto
vivenciadas não é um mal ou um bem em si mesmas em razão de se tornarem comuns
ou porque não dizer “normais”.
Além
destas existem as lembranças que nos incomodam, que nos tiram do nosso lugar
comum, que persistem e induzem-nos a se despir dos velhos hábitos,
preconceitos, dogmas que por acharmos que estamos prontos e acabados surgem
numa roupagem nova e que descaracterizam e congelam a expansividade do caos e
da vida que esta em nossa alma.
Lembranças...
Apenas lembranças... E com o tempo
outras mais... O tempo foge ou voa (tempus fugit), mas as lembranças assim como
as estações sempre estarão presentes na memória, isto é, em nossa existência como
um eterno retorno...
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