segunda-feira, 26 de agosto de 2019


Temos uma forma (destino) ou criamos uma forma (destino) 

Destino e escolha são dois polos que estão ligados a existência humana.
O primeiro é algo determinado, um vaticínio que no futuro vai acontecer, por uma determinação divina ou natural segundo as leis da natureza.
O segundo, é condicionado a uma escolha, a uma decisão.
Como unir ou aceitar ambos polos se eles estão intrinsecamente relacionados a existência humana?
Platão no mito de Er, apresenta o destino das almas em sua transmigração condicionadas as suas escolhas.
Na tradição fatalista do cristianismo, como é o caso do calvinismo, o destino do ser humano é determinado pela escolha "divina" que está também relacionada a escolha humana ( contradição estapafúrdia).
Do ponto de vista da evolução, tudo está predeterminado no genes, e desta forma a vida segue o fluxo de acordo com a determinação biológica de cada espécie. No entanto, em última instância as condições da preservação da existência determinarão o destino de cada espécie. Ou seja, a escolha determina o destino.
Seja do ponto de vista teológico, filosófico ou científico, podemos "concluir" que o destino é determinado por escolhas.
Segundo O Caibalion, as leis do universo são determinadas de acordo com a mente humana e é ela que determina o resultado final do seu destino.
Deste modo, o destino é determinado de acordo com nossas escolhas, independente das leis naturais ou divinas.
Cada ser humano é o autor da sua história e é ele quem determina o seu seu destino.
Segundo a tradição de Hermes Trismegisto, causa e efeito são ultrapassados pelo nível superior  no qual o pêndulo da existência está condicionado.
Nietzsche e o existencialismo dizem algo bem interessante: é você que dá forma a sua existência. Somos o nosso destino determinado de acordo com nossas escolhas.

sábado, 12 de janeiro de 2019

O advento de um novo éon!


O conceito humano do que a é verdade na ciência, na filosofia, na história, na psicologia e na teologia, do ponto de vista do atomismo quântico, através da linguagem matemática é a origem do universo, do ser humano, de Deus, da matéria, etc: é a negação do conceito de verdade conforme essas ciências acima citadas afirmam em seus dogmas.
A verdade é um paradoxo, em analogia com a matemática, os números são demonstrados como uma infinidade de possibilidades e impossibilidades, que num belo enunciado foi provado por meio do chamado princípio da incerteza através de Heisenberg.
Nossa! Isso refuta todos os postulados da física clássica e moderna com a relatividade, assim como o dogma cristão! Derruba todo conceito vigente do que é a ciência, verdade, fé, ciência, religião, deus, etc. Nos lança num abismo cuja "origem" é anterior a sua cisão e que depois dela é ao mesmo tempo infinitamente distante. Elas se afirmam e se negam ao infinito.
O "cético" Einstein ficou tão apavorado sobre esse princípio que na mesma hora ficou "crente" e disse: Deus não joga dados! Depois de um caloroso debate teve que reconhecer a verdade desse princípio por causa da sua exatidão que até hoje é confirmada.
A verdade ou realidade como acreditamos são universos de incertezas que se perdem no vácuo infinito. A única "verdade" que podemos provar é que não sabemos de nada. E isso fere nosso ego e revela nossa arrogância.  
O princípio da incerteza assim como nega a verdade das ciências, filosofias, religiões, também as afirma quando diz: somos a voz de um sopro ou de uma explosão!
Uns chamam de Deus e outros de Big Bang, por isso toda essa confusão metodológica. Mais a verdade que eles apontam: é aquilo que constitui a essência da questão. Por exemplo: no mito da criação conforme a tradição cristã diz:  Deus formou o ser humano com barro e com o sopro do seu espírito. Traduzindo energia e matéria.
Dessa forma elas confirmam que somos de uma mesma origem espírito/energia e matéria/átomos. Contudo quando buscam a causa do que é a realidade e a verdade são como crianças que nascem a cada geração: em um mundo é sempre novo!
Podemos atestar o que foi dito com a tecnologia e biologia atual, como é o caso da China e dos EUA, cujas pesquisas de ponta são fundamentadas na física quântica. É um novo éon cuja força é tão avassaladora que como um tsunami não pode ser controlada por dogmas e métodos dada a sua amplidão.
Ela não nega a ciência clássica e a religião, nega apenas seus dogmas e pressupostos quando se atestam como donos da verdade. Ambas confluem e se afirmam segundo a quântica. E se distanciam quando a questão sobre a verdade e a realidade fundamentado no objetivismo ou no subjetivismo.
O cristianismo, dentre algumas tradições baseadas numa escatologia preterista, por exemplo, alimenta a segunda vinda do Cristo e a culminação do seu reino milenar, contudo, essa verdade que acreditam de fato só será real quando isso se concretizar. De outro modo ela continua inválida, dois mil anos faz que essa previsão não se cumpriu. E do ponto de vista histórico de sua interpretação deixa muito a desejar. Os cristãos se alimentam dessa esperança do contrário não existia o cristianismo, assim como a ideia de céu. A ciência quântica, no entanto desconsidera sua visão de mundo e escatologia, baseada numa interpretação literal e dogmática.   
Da mesma maneira a ciência clássica, desde o iluminismo científico e filosófico será a base sobre o conceito de realidade e verdade a partir de métodos matemáticos. Na prática é apenas uma pressuposição baseada numa intencionalidade. Assim como tratou a religião como o primeiro estágio de desenvolvimento da humanidade, ela seria seu último estágio final. A física quântica não só evoca sua ligação com a espiritualidade, como também  evoca sua ligação com a física em que esta questão deve ser discutida a partir de uma visão mais ampla. Ela perpassa tanto a ciência e a teologia em relação aos seus postulados.
Se a matemática estiver certa como aponta a teoria dos conjuntos, tanto a religião como ciência, sobre a verdade em sua totalidade, é relativa, fazem parte de um todo no qual a verdade é uma parte. Tanto uma como a outra estão contidas no conceito de verdade e em ambas não está contida. Elas fazem uma intersecção no que se refere à verdade, contudo, são diferentes no que se refere ao conjunto como um todo, sobre o que é a verdade e realidade.
Toda pretensão de verdade baseada no método científico e religioso caem na armadilha por eles criada e que no íntimo estão baseadas numa fé. Na religião a fé é pressuposta na metafisica da essência divina para uma existência que ocorre na formação da matéria, na ciência é uma fé numa metafísica que só existe através da matéria. A física quântica pressupõe as duas como essência de um mesmo núcleo e como a água que escorre por entre as mãos a verdade não pode ser contida e muito menos mensurada pela ciência e pela religião.  
A humanidade na sua maioria vivem tentando resolver questões sobre ciência, religião e política referenciados no pensamento dos séculos 19 e começos dos 20 que do ponto de vista quântico estão ultrapassados. Dentro de uma perspectiva política-econômica vale a pergunta: se o socialismo e o capitalismo estão certos em suas afirmações, e se um surgiu por causa do outro como sistema de salvação, porque ambos na prática não atingiram na sua conclusão o que pressupunham seus enunciados? Assim como a religião, a filosofia e a ciência moderna, a política e economia atual devem ser superadas. Estão dando murros em ponta de facas e quem mais sofre são aqueles que acreditam em seus sofismas. 
O pior é que a maioria da população mundial não tem noção desta questão. Assim como leva tempo, muita reflexão e experimento para se ter um paladar afiado. Devemos ignorar esse modelo de pensamento atual e decadente onde o seu valor e grandeza sobre o ser humano é o equivalente do seu status social e do capital adquirido. Cujo deus e senhor é o dinheiro, que segundo a tradição paulina é  o amor a ele é raiz de todos os males.
Dentro desta perspectiva como não vê nos olhos de Marx uma chama de fogo que arde contra a sua tradição judaico-cristã, que pregavam ideias no A.T. e posteriormente no N.T. em que Jesus chamado de Cristo uma contradição, por causa do deus confessado e o do deus vivido, tanto para os judeus como  para os cristãos. Através de dois ditos dos evangelhos podemos muito bem fundamentar nossa tese embora suas raízes se estendam para tradição profética do A.T. 
Na tradição profética como foi o caso de profetas como Isaias, Jeremias, Miqueias, Amós, Micaías e Zacarias, estes em nome de Deus, denunciaram toda corrupção e pecado da política e religião. No qual seu maior amor era o poder, que nos evangelhos é denominado de o Deus Mamon ou dinheiro.
Dentro deste contexto a crítica de Marx é até hoje irrefutável. Contudo quando propõe em sua critica da religião um comunismo que transfere a promessa do céu cristão para a terra, cai na mesma contradição, só que na forma inversa e desse modo sua proposta de salvação através de sua dialética é por si mesma refutada.
O capitalismo em contra partida, prega a liberdade e a promoção pessoal que se dá através do acumulo de dinheiro. Fico imaginando Jesus dizendo que como o senhor do universo não tem nenhum lugar onde possa descansar a cabeça e, que não devemos viver cobiçando a riqueza como o meio e fim, mas ajuntar tesouros no céu no qual o passado, presente e o futuro construído através da riqueza não pode comprar.  
A física quântica descortina um novo paradigma no qual todo o conhecimento científico e religioso surge como efeito de uma causa. Contudo, sobre qual foi a sua causa ela é ainda um mistério que na minha concepção todo conceito humano no que se a verdade e realidade são completamente limitados.
Desse modo contrariando a ciência, filosofia, história, psicologia e teologia, a verdade não pode ser contida em suas malhas metodológicas ou hermenêuticas. Por isso podemos enunciar o oposto de Einstein: deus só vive jogando dados. Porque a realidade em sua totalidade jamais poderá ser apreendida.        

  

   


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Diário de um dissidente


Como dizem os Antigos: é voz de Sereias!


Lá e cá, física e metafísica, atomismo, materialismo: numa perspectiva Nietzschiana, em sua linguagem filosófica: vontade de potência; explicado numa linguagem mitológica: Dionisius. Forças que se contrapõe entre si: só que nesta dimensão; na qual a metafísica é subordinada à física, noutra forma, numa força que só subsiste numa força imanente!
O que se contrapõe a tradição antiga de onde surge com a união do Oriente e o do Ocidente (judaísmo, cristianismo e filosofia; e o islã na idade média; na filosofia e psicologia de Schopenhauer); numa perspectiva teológica, isto é: holística em sua totalidade; Ou trinitária: Pericorética! Os símbolos se constituem os códigos nos quais são construídas nossas representações: como é o caso dos números!   
Na física onde a energia é matéria e matéria é energia! Uma se alimenta da outra na sua expansão e subsistência, a ideia de vácuo como na quântica! Na Mitologia, seu Véu de Maia! A noite escura, na qual como “cortinas de forças” se abrem e se fecham: a fusão destas forças transformada, metamorfoseada numa massa cinzenta faz brotar uma “luz” na qual a vida surge em seu todo: a sua força e totalidade!
Por exemplo, uma linda estrela! De onde nasce o que ela reproduz (os buracos negros)? Quem não se encanta ao olhar uma estrela? De onde saem nossas rimas e canções de gratidão por esta imagem divina? Pergunta o poeta no meu sertão quando o sol declina!  
E o vento que nos sopra de onde vem? Para onde foi? Só escuto a sua voz: não é o seu Nefeshe Ruach? O sopro (Vácus) da vida como Dádiva!         
Será que estes sons e ruídos não é o eco da voz das sereias do mito platônico tocando cada uma seus instrumentos? Como é o caso das Moiras com suas Rocas tecendo: passado-presente-futuro! É possível conhecer os sons apenas com imagens e vozes? E nossas percepções de onde surgem e para onde vão? Isto por causa da sua intencionalidade ou não intencionalidade? Ou é de sua natureza?
Na teologia e filosofia das religiões além das outras ciências, Tillich dialogou com o próprio Albert Einstein sobre religião e ciência donde pode concluir: para esta coisa ou ser em si, ou vontade de ser, o Elã vital! Sabemos apenas – nomear! É um Mistério Tremendo, aterrador e avassalador! Ao manifesta-se na vida é dada e depois tomada, mas que independente de você, assim como você, ela é cega! Foge-lhe e escapa, segue o seu curso! Também chamamos de morte na qual essa mesma vida está ligada! Mais é vida que renasce sempre que a morte pressupõe a sua existência!
No mito da ressurreição, o mito da fênix, dentre tantos outros exemplos: "universalmente" podem ser atestados como é o caso do nosso povo na América do Norte e do Sul!
Aqui tivemos grande parte da sabedoria dos nossos antepassados roubados pelos Europeus em nome de seus dogmas e relações de poder, economia e religião interligadas! Isto é, em detrimento da vida na quais todos advogamos! Não foi desta Época que em contraposição surge o atomismo de Epicuro no materialismo de Karl Marx; no qual Hegel se constitui o arco, e sua flechas em palavras foram atiradas atingindo: a Europa filosófica? na científica: a Mecanicista? E o capitalismo com seu progresso econômico, político e bélico?   
 Não é dai desse lado que se contrapõe o outro lado? Não séria melhor os dois, ou a transição dos dois? E porque não a percepção de todos os lados? Hoje temos uma percepção profunda de que somos parte de um todo, mas que doutra forma: somos pedaços de estrelas caídas neste deserto onde a cede pela vida brota como questão última em contraposição a sua morte!
E só a reunião da vida dará a garantia da sua sobrevivência! O homem por ventura não seria matéria, mas também não seria uma energia além da matéria, um quantum a mais para a sua vida e morte? Se não podemos ver um átomo com o olho nu, como podemos dizer que a voz do outro lado é a da Sereia na qual chamamos de verdade?     
 

Diário de um dissidente



Viver na fenda (vazio) entre a razão e a religião (intuição) 

Sem origem, sem deus, sem sentido e uma resposta científica e religiosa deste mundo (em devir); viver existencialmente com esta perspectiva é um absurdo: principalmente neste mundo. Daqui de dentro só vejo o que vivi na minha origem e foi isso que no mundo pude encontrar.

Agora tenho liberdade de falar o que passa no coração isso choca a muitos; mas só posso falar do que sinto como consequência do vivido e isso nenhum juízo sobre mim pode se argumentar.

A vida é bela isso não posso deixar de explicar: O vento, as nuvens, o sol, a lua e as estrelas; sem falar do oceano cujas ondas levam e trazem memórias; imagino toda a natureza com seu colorido e suas formas!

Faltam-me palavras para expressar a força externa do universo que como ímã me atrai; todo mistério envolto que palavras são apenas formas de expressar o que não pode ser exprimido;

Olhando para mim o que sou? Essa pergunta ecoa forte como uma dinamite em meu coração; não sei a razão de estar aqui e o porquê da coisa, já disseram muito de mim, quem eu era, o que sou e o que serei... Meu espírito é outro, ele esta além da razão, do juízo e de toda concepção. 

Como posso ouvir estas vozes? Elas são apenas vozes construídas por todas as razões, e como acreditar nessas vozes? Vozes: são expressões sonoras externas, e não a totalidade daquilo que se encontra nos escombros do som expresso da vida interna.

Como ouvir essas vozes se elas não ouviram a voz do ser interior que perpassa razões e emoções? Toda reação não significa a expressão interna do ser: O Ser perpassa toda razão, e conjecturas do ser abstraído.

As ciências em todas as suas formas e expressão em comunicar o ser: apresentam apenas uma imagem fragmentada do ser; Muitas vezes até distorcida por incrível que pareça da razão, isso é uma ironia, a lógica da razão não tem contradição? 

O ser é incognoscível e se  uma representação fenomenológica do ser, tenta dizer o que ele é, logo como fumaça se desfaz; isso não é história de carochinha, pode pelos múltiplos sistemas sobre o ser procurar que manipulado se transfigura em outras formas infinitas que a mecânica quântica soube muito bem explicar. E tenha certeza nada vai encontrar a não serem conceitos, formulas e teorias, mas o ser em si sua totalidade nunca ira captar;

Só vejo um espaço vazio no meio da fenda da razão e da religião (intuição), e tudo que já disseram e dizem: o problema a cada dia no meu interior não pode solucionar... São tantos mundos... Tantas formas desse mundo se apresentar... Que o melhor é silenciar! Por que quanto mais vejo interna e externamente as ambiguidades da vida prefiro se calar! 

É melhor seguir criando minha própria sina, e o resto o mundo vivido vai me ensinar, e isto é melhor do que qualquer teoria. E se Deus existir? Epicuro tem muito a ensinar: que o maior desejo dos deuses é viver como eles na terra no qual somos a sua réplica, e esse é o melhor estado para quem deseja ao divino se igualar.  

domingo, 1 de julho de 2018

Diário de um dissidente


A vantagem de ser "doido" é justamente de que, o que ele diz, é aquilo que todo mundo sabe que é: mas nega! E o "doido" afirma! Neste sentido, o doido é mais racional  -:ele não esconde a sua loucura. Quem é doido sabe que todo mundo tem "razão"!

sábado, 23 de junho de 2018

Diário de um dissidente


A ciência de hoje é estranha! É igual a cabeça de uma hidra que está ligada a um único tronco,isto é, o ser humano, mais em nada se parece com ele. E pior, cada cabeça diz o que é o seu tronco, em contradição as outras. 
A especialização é hoje na forma de ciências essa hidra. Onde só quem é formado na área tem autorização pra falar sobre o assunto. Doutra forma, o diploma é essa garantia.
Por isso, ninguém é autorizado a falar em determinados assuntos mesmo que domine, se não tiver um diploma que ateste. 
Não é sem razão que hoje a humanidade está fragmentada. Quem disse que pra falar em matemática eu preciso ser formado em matemática? Ou história, teologia, física, química, filosofia, geografia?

Quem foi o jumento que disse isso? Para conhecer estas disciplinas quem estabelece os pressupostos? As instituições? Universidades? As ciências? A religião? O Estado? Quem veio primeiro o homem do conhecimento ou conhecimento do homem?

Essas emburrece o ser humano quando tenta adestrar com sua espiteme metodológica. Se seu professor lhe ensinou ou vc aprendeu assim, manda ele perguntar dentre tantas e infindas referências que tenho, vou citar só uma: Albert Einstein. 
Caso ele responda a causa, o que é  muito comum na cabeça dessas hidras,  e diga: que Albert Einstein é  um caso a parte; pergunte a eles: o que constituia e era formada a sua humanidade e qual substância dele, difere da sua?

Diário de um dissidente

O olho do Ciclope 


A alienação da religião por causa da verdade na qual se impõem como portadora da sua razão, emerge da mesma cegueira  da ciência moderna: por causa da sua razão como verdade.
 Isso faz lembrar o problema da linguagem que surge com seu status epistemológico da verdade em que estas duas estão correlacionadas.
 Sobre isso, a mitologia se revela em sua sapiência mais realista do que é a verdade.E Homero inspirado pelas Musas ilustra muito bem isso com a narrativa do Ciclope Polifemo.
 Aquilo que consistia sua deficiência, se tornou a causa da sua realidade. E o seu problema: o olho. Eram insignificantes  vista em sua perspectiva como domínio e controle da verdade, como se mostrou no caso de Ulisses.  Bastou apenas uma conversa em que a vida e a morte estavam em jogo, no qual se constituía o problema de ambos,  um pouco de vinho, conjugados na palavra, para iludir Polifemo. E aquilo que era a garantia da sua realidade, o seu olho, foi tragado por Ulisses com uma estaca.
 Robou àquilo que consistia a causa da sua realidade, na qual estava condicionado, isto é, o seu olho. Quando acordou da sua embriaguez percebeu que a causa da sua razão lhe foi tomada; e desde de então em sua cegueira, evoca sua origem divina.
E para mostrar sua fraqueza faz imprecações contra aquilo, que tanto era sua razão como causa e a causa da sua razão, a visão: na qual a percepção da sua realidade estava condicionada.