Edson Pereira
O mundo
é o conjunto de percepções extraídas dos nossos sentidos: instintivos e os que
foram construídos em nossa consciência pelo coletivo humano e posteriormente
por nós. Nossos conceitos não passam de fantasias perceptivas e imaginárias
criadas pelo ser consciente. Falta-nos senso para separar o que é instinto e consciência.
Geralmente tratamos o instinto como inválido, graças às suas vontades, forças e
pulsões que são desconhecidas por essa consciência. A consciência elaborou para
si uma sistemática que tem na razão o nome para representá-la. E assim
determinar os critérios postulados pela razão que é aferidora da dogmática do
mundo e, portanto da verdade. Por isso, ela é vista como condutor a e da
verdade. Depois que a razão foi criada pela consciência as forças instintivas
foram lançadas as margens, as sombras. É esta a causa de suas contraposições.
A consciência com sua
razão que lhe afere e por isso, mantém seus dogmas sistematizados é apenas um quantum e por causa deste, percebe a insuficiência
da razão e sua crise em compreender o que lhe contrapõe e que é característico
do instinto: complexo, indefinido, incalculável, ilógico, inconsciente, cujo
quantum não pode ser calculado e até mesmo definido. Criar “diques” foi à maneira
fixada que se consolidou no estabelecimento hermenêutico da linguagem, da
lógica, da moral, da politica, da história, da ciência, da evolução, da
religião, da natureza, da psicologia e filosofia ou numa linguagem existencialista
“tudo que toca a existência do ser” o que os levam a divergirem em polissemias
hermenêuticas que são tratadas em cada área que as constitui. Contudo, todos
convergem para consciência e tudo isso em detrimento do instinto. A domesticação
busca na educação a partir destes estabelecimentos hermenêuticos a melhor forma
para a manutenção do consciente que é sempre instável por causa da sua
contraposição...
Ergo instinctus, sum ergo...
Ergo instinctus, sum ergo...
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