quinta-feira, 7 de abril de 2016

A contraposição da consciência



Edson Pereira

O mundo é o conjunto de percepções extraídas dos nossos sentidos: instintivos e os que foram construídos em nossa consciência pelo coletivo humano e posteriormente por nós. Nossos conceitos não passam de fantasias perceptivas e imaginárias criadas pelo ser consciente. Falta-nos senso para separar o que é instinto e consciência. Geralmente tratamos o instinto como inválido, graças às suas vontades, forças e pulsões que são desconhecidas por essa consciência. A consciência elaborou para si uma sistemática que tem na razão o nome para representá-la. E assim determinar os critérios postulados pela razão que é aferidora da dogmática do mundo e, portanto da verdade. Por isso, ela é vista como condutor a e da verdade. Depois que a razão foi criada pela consciência as forças instintivas foram lançadas as margens, as sombras. É esta a causa de suas contraposições.  
A consciência com sua razão que lhe afere e por isso, mantém seus dogmas sistematizados é apenas um quantum e por causa deste, percebe a insuficiência da razão e sua crise em compreender o que lhe contrapõe e que é característico do instinto: complexo, indefinido, incalculável, ilógico, inconsciente, cujo quantum não pode ser calculado e até mesmo definido. Criar “diques” foi à maneira fixada que se consolidou no estabelecimento hermenêutico da linguagem, da lógica, da moral, da politica, da história, da ciência, da evolução, da religião, da natureza, da psicologia e filosofia ou numa linguagem existencialista “tudo que toca a existência do ser” o que os levam a divergirem em polissemias hermenêuticas que são tratadas em cada área que as constitui. Contudo, todos convergem para consciência e tudo isso em detrimento do instinto. A domesticação busca na educação a partir destes estabelecimentos hermenêuticos a melhor forma para a manutenção do consciente que é sempre instável por causa da sua contraposição...


 Ergo instinctus, sum ergo...  

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