Edson Pereira
As
palavras não são apenas conceitos, ideias, frases, orações, termos, etc. Elas
são um resultado de uma construção cultural, social, histórica psicológica e
contextual. Foram criadas não para serem dissecadas em laboratórios
gramaticais. Mas para atenderem o consumo das demandas culturais e sociais que
viabilizassem intercâmbios, interações que culminassem em práticas
facilitadoras para vida do ser humano em geral em todos os seus aspectos. E nisso se constitui a língua encarnada.
Por essa razão a língua
encarnada busca na vida, no cotidiano, no comum, nas variedades, e
multiplicidades linguísticas dá forma, vida, carne, corpo a linguagem que em
geral se tornou algo abstrato, sem vida, um defunto que em nada está
relacionado com o cotidiano. E apenas os especialistas são os únicos
habilitados no estabelecimento da linguagem tornando-a um patrimônio exclusivo
destes cientistas.
Não é de se estranhar que ao
longo do tempo a língua encarnada foi e é tradada como algo
marginal espúrio, pobre, sem importância por que buscava não nos conceitos
abstratos, mas na vida, na sociedade, o valor e a importância da linguagem que
só pode ser vivida e praticada quando encarnada.
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