domingo, 1 de novembro de 2015

Por uma língua encarnada


                            

 Edson Pereira

                  As palavras não são apenas conceitos, ideias, frases, orações, termos, etc. Elas são um resultado de uma construção cultural, social, histórica psicológica e contextual. Foram criadas não para serem dissecadas em laboratórios gramaticais. Mas para atenderem o consumo das demandas culturais e sociais que viabilizassem intercâmbios, interações que culminassem em práticas facilitadoras para vida do ser humano em geral em todos os seus aspectos.  E nisso se constitui a língua encarnada.
                   Por essa razão a língua encarnada busca na vida, no cotidiano, no comum, nas variedades, e multiplicidades linguísticas dá forma, vida, carne, corpo a linguagem que em geral se tornou algo abstrato, sem vida, um defunto que em nada está relacionado com o cotidiano. E apenas os especialistas são os únicos habilitados no estabelecimento da linguagem tornando-a um patrimônio exclusivo destes cientistas.
                   Não é de se estranhar que ao longo do tempo a língua encarnada foi e é tradada como algo marginal espúrio, pobre, sem importância por que buscava não nos conceitos abstratos, mas na vida, na sociedade, o valor e a importância da linguagem que só pode ser vivida e praticada quando encarnada.         


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